Olhei para trás, admirei o quanto já caminhara. Mirei o céu e encantei-me com sua beleza, que não acaba no horizonte, muito pelo contrário. O horizonte é o meu único limite. A cada passo penso estar mais próxima dele, e o que ficou para trás já consta como conquista. Aprendemos isso da maneira mais dura, mais humana, através de perdas e ganhos.
O que quero dizer hoje, neste post, é que não há tempo para tristezas, apesar delas serem cruéis quando dão as caras. Quem nunca amou de verdade não sente o vazio deixado quando aquele se vai, quem nunca venceu não entende o amargo da derrota, quem não tem medo não precisa se precaver. Por isso, que saibamos amar, vencer e temer. A dor deve nos servir para lembrarmos o quanto evoluímos como seres humanos.
"O homem é um aprendiz, a dor é a sua mestra, / E ninguém se conhece enquanto não sofreu", frase de Alfred de Musset, sim, um romântico. E eu, que sempre tive certa aversão ao romantismo, agora recorro à ele... ironicamente.
Hoje li partes de livros diferentes. O principal deles, de cunho espiritualista, me ensinou que para tudo há hora, há tempo para plantar e tempo para colher (não era Eclesiastes, apesar de minha paráfrase). O outro texto relembrou a história contada por Aristófanes em "O Banquete": éramos seres de duas cabeças, quatro braços e quatro pernas que, egocêntricos, nos esquecemos de louvar aos deuses e fomos derradeiramente castigados por Zeus, que nos cortou ao meio. Daí a explicação de nossa incessante busca pela completude no "outro". Assim, concluí a mensagem...
Queria só isso mesmo. A exposição de todo um pensamento fragmentado que, inexplicavelmente, é costurado e amarrado.
Doida.