Só um parênteses
Engraçado... sinto-me como o personagem de uma estória que li e que adoro. Contava sobre a triste sina de um escritor que cometera um grande equívoco: escravizou uma musa grega para que ela o enchesse de idéias. Escreveu muitos livros, todos fantásticos. Mas essa musa fora, em outros tempos, a esposa do Senhor dos Sonhos. E este a vinga, retirando-a do poder do escritor e, como castigo, condenara-o a ter idéias a todo tempo, e eram tantas, tão boas, que ele acabou por mutilar suas próprias mãos: era imperativo que conseguisse registrar o máximo de idéias possível. Então, passou a escrevê-las com os dedos. A sangue.
Bom, é como eu disse. Muitas idéias... mas ao me sentar em frente ao computador, enfrentar essa tela branca, nada acontece. Ansiedade demais. Medo demais.
Não farei o balanço deste ano. Posso dizer, isso sim, que foi um bom ano: renasci como uma fênix. Reencontrei-me. Agora sei exatamente quem sou e o que quero, mas principalmente, o que não quero. Aprendi muito. Obrigada, Destino, pelos caminhos tortuosos de seu labirinto.
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